Lucélia
Muniz
Ubuntu
Notícias, 09 de março de 2018
Mensagem
recebida por e-mail
Desejo que você não mais confunda amor com
submissão, vulnerabilidade com fraqueza e feminino com fragilidade.
Desejo que despertemos para compreender que estamos exatamente onde nos colocamos e, conscientes dessa sabedoria, que escolhamos estar onde realmente queremos.
Desejo que aprendamos a perdoar e romper os pactos de vingança que estabelecemos com nossas mães, com os homens e com as outras mulheres.
Desejo que possamos acertar as contas com o passado, da nossa própria história e da história da humanidade, para que assim possamos sair da vítima que nos aprisiona para irmos de encontro à nossa autorresponsabilidade.
Desejo que possamos oferecer pele, peito, braços, olhos e escuta às nossas crias que buscam refúgio e proteção em nosso ser.
Desejo que possamos olhar nos olhos das nossas irmãs e enxergar a sábia alma feminina que se faz presente em todas nós, e assim, juntas, podermos aprender umas com as outras.
Desejo que valorizemos a entrega, a leveza, a relação, a fluidez, a receptividade e o amor na mesma medida em que valorizamos a força, a assertividade, a ação, a direção e o propósito.
Desejo que possamos aprender a reumanizar as nossas relações através da presença, do cuidado, da disponibilidade de tempo, escuta e coração.
Desejo que possamos nos reconhecer como seres corporais, intimamente ligadas ao sentir e aos ciclos vitais e, à partir desse reconhecimento, ressignificar a nossa relação com a dor e com o prazer.
Desejo que nossos corpos descongelem, que nossos sentidos agucem, que nossos músculos relaxem e que nosso coração se abra.
Desejo que amemos nossos corpos que sangram, que mudam, que ovulam e que são ingovernáveis e, que através deles, encontremos o caminho de volta para casa.
Desejo que não nos distraiamos mais com lutas pequenas, que segregam, hierarquizam e dividem para controlar e que, no feminino mais puro, possamos realmente ouvir, empatizar e acolher toda a dor que seja diferente da nossa.
Desejo que nos tornemos co-criadoras com os homens de tudo o que escolhermos como sendo a realidade que queremos viver.
Desejo que acordemos para perceber que a dependência, a carência, a vítima, a submissão, a agressividade são dores da nossa menina, que hoje, crescida, pode perdoar os outros e a si mesma.
Desejo que resgatemos o feminino esquecido e adormecido dentro de nós, e ao desperta-lo, sejamos agentes de transformação dessa transição planetária.
Desejo que não tenhamos mais medo.
Desejo que deixemos de ser meninas e nos tornemos mulheres.
Feliz nosso dia!
com carinho,
Larissa Mungai
0 comments:
Postar um comentário
Deixe seu comentário mais seu nome completo e localidade! Sua interação é muito importante!