Jornalista
Lucélia Muniz
Ubuntu
Notícias, 26 de novembro de 2025
@luceliamuniz_09 @ubuntunoticias
A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver é um
movimento construído por mulheres negras de todo o Brasil, de diferentes
gerações, territórios e contextos sociais
A luta das mulheres negras por direitos é antiga, coletiva e contínua. Desde os tempos de escravização, fomos líderes das revoltas, fundadoras de quilombos e defensoras da liberdade.
Mais de 100 mil mulheres negras do Brasil marcharam em 2015 contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver – um processo histórico que impactou e definiu os rumos da organização política das mulheres negras no Brasil e na América Latina.
Quase dez anos depois, irmanadas com as muitas de nós que estão ao redor do mundo, foi convocado a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, a 2ª Marcha Nacional (de caráter internacional) das Mulheres Negras.
“Há dez anos, 2015, participei da primeira marcha nacional das mulheres negras, também em Brasília. Retorno com um grande compromisso com nossa ancestralidade: sonhos, esperanças, transformação...”, ressaltou Maria Eliana de Lima da Associação Cristã de Base-ACB do município de Crato-CE.
Na terça-feira (25), marcharam novamente, carregando o legado do que veio antes de nós e projetando um futuro onde a Reparação e o Bem Viver sejam realidade para todas, todos e todes. Este ano cerca de 500 mil pessoas participaram da Marcha das Mulheres Negras em Brasília - Organizadoras cobram Estado: é "dever e direito olhar para povo negro".
Quem também marcou presença na marcha foi a remanescente quilombola,
Iraicsa Unias, do município de Altaneira-CE. “Como representante do meu quilombo Cachimbo, Altaneira-CE e do NEABI
Crato-CE, sigo fortalecendo a luta que nossas ancestrais começaram muito antes
de nós. Caminho com o compromisso de honrar cada mulher negra que fez e faz a
história se mover”, postou Iraicsa pelas redes sociais.







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