“...a universidade pode ser um espaço de ampliação de horizontes” Por Denir Duarte, Artista | SANTANA DO CARIRI-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 28 de dezembro de 2025

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Fotografia da capa da matéria @anaclara.cordeiro_

Francisco Adenir Duarte Ribeiro mais conhecido como Denir Duarte, 24 anos, é natural do município de Santana do Cariri. “Assino meus trabalhos artísticos como Denir Duarte, nome que utilizo como identidade profissional e poética no campo das artes cênicas”, afirma Denir. Atualmente reside no município de Crato e é filho do músico Nenen de Nino e da confeiteira Aline Feitosa. “Os responsáveis pela criação de quem sou hoje, com quem aprendi valores e responsabilidades”, ressalta.

E vamos ao depoimento de Denir Duarte

Minha trajetória artística se constrói a partir do teatro, área em que atuo como ator, encenador, dramaturgo e produtor cultural, desenvolvendo trabalhos autorais e coletivos no contexto do Cariri cearense. Ao longo dos anos, o teatro deixou de ser apenas uma prática artística para se tornar também um espaço de escuta, formação, reflexão e posicionamento social, atravessando minha vida de maneira profunda e contínua.

Cursei o Ensino Fundamental na EMEF Generosa Amélia da Cruz de Santana do Cariri e o Ensino Médio na EEEP Wellington Belém de Figueiredo de Nova Olinda. Etapas importantes da minha formação, nas quais tive contato mais consistente com a arte e com processos criativos, experiências que contribuíram para a construção do meu percurso acadêmico e profissional.

Ingressei no ensino superior por meio de vestibular e atualmente sou graduando em Licenciatura em Teatro pela Universidade Regional do Cariri-URCA. A escolha pelo curso está diretamente relacionada à minha vivência prática anterior e ao desejo de aprofundar teoricamente experiências que já faziam parte do meu cotidiano artístico. A graduação ampliou meu olhar sobre o fazer teatral, possibilitando compreender o palco não apenas como lugar de apresentação, mas como espaço de pesquisa, encontro, escuta e construção coletiva.

Foto - Átila Araújo

Em 2022, fundei o grupo Deixa de Teatro, que se tornou um eixo central da minha atuação artística. No grupo, exerço funções múltiplas, participando da criação de dramaturgias, da condução de processos de encenação e da organização das produções. Essa experiência reforçou minha compreensão do teatro como um trabalho essencialmente colaborativo, construído a partir do diálogo, do afeto e do compartilhamento de experiências.

Foto - João Gabriel/FCG

Ao longo da minha formação universitária, desenvolvi também uma pesquisa de conclusão de curso voltada aos processos criativos vivenciados dentro do próprio grupo, refletindo sobre a construção da presença em cena e os caminhos percorridos durante a criação teatral. Essa investigação dialoga diretamente com minha prática artística, surgindo como um desdobramento natural da vivência em sala de ensaio.

Foto - Adilson Benedito

Paralelamente à atuação artística, já exerço à docência, ministrando aulas de Artes e desenvolvendo atividades e oficinas de teatro voltadas para crianças e adolescentes do Ensino Fundamental. A experiência como professor fortaleceu minha percepção do teatro como uma ferramenta pedagógica potente, capaz de estimular a sensibilidade, o pensamento crítico, o trabalho em equipe e a expressão individual.

Foto - André Castillo

Minha trajetória é marcada por desafios próprios de quem produz arte no interior, como a escassez de recursos, a necessidade de acumular funções e a constante luta pela valorização da cultura. Ainda assim, cada processo, espetáculo e experiência pedagógica representa uma conquista, contribuindo para a construção de uma identidade artística comprometida com o território, com as pessoas e com o fazer coletivo.

Aos jovens do Ensino Médio que pretendem ingressar na universidade, deixo a mensagem de que o percurso acadêmico não exige certezas absolutas, mas disposição para aprender, errar e se transformar. Especialmente para quem escolhe caminhos artísticos, a universidade pode ser um espaço de ampliação de horizontes, fortalecendo os grandes sonhos que já existem e abrindo possibilidades que antes pareciam distantes.

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“Origem não define destino” Por Dr Wagner Gomes | NOVA OLINDA-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 28 de dezembro de 2025

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José Wagner Gomes de Lima reside atualmente no município de Juazeiro do Norte, nova-olindense morava com sua família no Sítio Quati. Filho dos agricultores Antonia Gomes de Silva e José Lima de Almeida (In Memoriam). Ele cursou o ensino fundamental na escola Avelino Feitosa e o ensino médio na escola Padre Luís Filgueiras, ambas instituições públicas de ensino localizadas no município de Nova Olinda.

Prestou o vestibular 2015.1 na Universidade Regional do Cariri-URCA onde concluiu a graduação em Geografia e tem especialização em Ensino de Geografia, História e Sustentabilidade, chegando a lecionar no estado como professor temporário entre os anos de 2022 e 2023. “Escolhi Geografia de início, porque gostava muito das aulas da professora Maria Tereza na escola Avelino Feitosa e da professora Elisangela Oliveira na escola Padre Luís Filgueiras”, ressalta Wagner Gomes.

Em seguida se especializou em Ciências Políticas, cursou Pedagogia na modalidade EAD pela faculdade IMES credenciada pela UEMG, concluindo também a especialização em Psicopedagogia. “...fiz Pedagogia para expandir os conhecimentos pedagógicos e acabei entrando na Enfermagem por também me encontrar dentro da ciência dos cuidados”, afirma Wagner.

Sua terceira graduação é em Enfermagem pela Universidade Paulista com especialização em Terapias Integrativas. “Montei um consultório e hoje trabalho no alívio de dores crônicas e reabilitação”, disse Dr Wagner.

Sobre desafios e conquistas

Os principais desafios durante meu primeiro curso, foi a falta de recursos, embora a faculdade fosse pública, muitas vezes eu precisei de ajuda de pessoas próximas para custear o transporte, bem como precisei do amparo e apoio de amigos para permanecer no curso… Minha maior conquista hoje é poder ter meu próprio instrumento de trabalho, liberdade financeira e principalmente conseguir proporcionar alívio a quem necessita!

Mensagem aos estudantes concludentes do Ensino Médio

Hoje eu digo para você que está no ensino médio que eu fui o aluno pobre que ouviu da própria família que não iria conseguir. Faltou dinheiro, sobrou dúvida, mas nunca determinação, por isso eu continuei. Enquanto desacreditavam, eu estudava. Enquanto tentavam me limitar, eu avançava. Resultado? Três graduações. Não porque foi fácil, mas porque eu não parei. Se ninguém acredita em você, acredite por todos. Origem não define destino!

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Complexo religioso recebe a nova estátua da Beata Benigna | SANTANA DO CARIRI-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 27 de dezembro de 2025

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Na sexta-feira (26), a internet foi palco de matérias que mostram a nova   estátua da Beata Benigna no município de Santana do Cariri-CE. A imagem de 26 metros de altura passa a integrar o complexo religioso dedicado a esta. Localizada no topo do complexo religioso de Benigna, a obra é uma iniciativa do governo do Ceará, da prefeitura de Santana do Cariri e da paróquia Senhora Sant'Ana da diocese de Crato.

Benigna foi assassinada aos 13 anos em 1941 por defender sua pureza de um agressor, tornando-se um símbolo de resistência e castidade, a "Heroína da Castidade". O Vaticano reconheceu seu martírio (morte em defesa da fé), e ela foi beatificada em 24 de outubro de 2022, permitindo o culto público. 

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Enlace matrimonial de Thays & Mailson | NOVA OLINDA-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 27 de dezembro de 2025

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@mahh__thay

@_mailson_lima_

Na quinta-feira (25), familiares e amigos comemoraram o Enlace Matrimonial de Thays & Mailson. A celebração religiosa foi presidida pelo Padre Luciano Pinheiro na Igreja Matriz de São Sebastião em Nova Olinda seguida de uma recepção no Sítio Cabeça da Vaca neste mesmo município.

MENSAGEM

Parabéns pela escolha tão linda que fizeram. Vocês se encontraram e escolheram seguir juntos pela vida. Que seja uma união feliz, com respeito e muito amor. Que o casamento e as próximas fases sejam como vocês sonharam! Desejo toda a felicidade do mundo!

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Vamos conhecer a trajetória educacional do jovem Thalles Assis | NOVA OLINDA-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 23 de dezembro de 2025

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Thalles Henrique Rodrigues de Assis, 22 anos, é nova-olindense, filho da professora Cicera Rodrigues de Souza Assis e do profissional autônomo Francisco de Assis Filho. Este cursou o ensino fundamental nas escolas José de Alencar (hoje Ana Ferreira do Nascimento), Padre Cristiano Coelho e Avelino Feitosa e o ensino médio na EEEP Wellington Belém de Figueiredo onde concluiu o Técnico em Finanças.

Thalles é graduando em Publicidade e Propaganda pela UNINASSAU e está no 9º Semestre de Direito na Universidade Regional do Cariri-URCA. “Ingressei pelo FIES, sou cria das políticas públicas do Governo LULA”, ressalta.

Este que está para se formar em Publicidade e Propaganda nos enviou o seguinte depoimento:

O apego pela comunicação, arte e cultura permeia minha existência desde a infância, quando integrei o quadro da equipe da Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri, instituição conhecida pelas atividades de registro e defesa do patrimônio da Região do Cariri e da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade.

Lá, a comunicação e a cultura ressoaram a minha infância e adolescência. Aprendi a comunicar, contar histórias e ser apaixonado pela cultura popular. Produzi eventos, fui locutor radiofônico e tornei-me escritor autodidata e redator. Fiz redações para blogs, sites, jornais, revistas, roteiros e redes sociais. O gosto por narrativas me levou até o curso de Publicidade e Propaganda pela UNINASSAU, onde estou graduando.

Os maiores desafios são conciliar as duas graduações com excelência, além do trabalho. Para além disso, como dependia de transporte coletivo, por dias passava 2h/3h em conduções. Estagiei em comunicação na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - Seccional Juazeiro do Norte; e publiquei 4 trabalhos acadêmicos.

Possuo a Farol Studio Criativo, uma empresa de comunicação. Trabalho com nomes como Shineray, Macedo e Cruz Advogados, Dr. Vladimir Macedo, Vereador Marcio Joias, Sand Beach Tennis, além de ser Assessor Parlamentar da Vereadora Dra. Ana Karinne (MDB).

Sobre deixar uma mensagem motivacional para os jovens do Ensino Médio que irão ingressar na universidade

A universidade não é um favor. É um direito conquistado com luta, suor e sonho coletivo. Vocês que saem do Ensino Médio carregam muito mais do que um histórico escolar: carregam a força de quem atravessou salas quentes, cadernos gastos, jornadas longas e, ainda assim, insistiu em acreditar. Cada passo até aqui já foi resistência.

Entrar na universidade é ocupar um espaço que por muito tempo disseram que não era para nós. É rasgar o silêncio imposto, é levar sotaque, cor, território, memória e indignação para dentro dos muros que sempre tentaram ser altos demais. Quando um de vocês entra, não entra sozinho: entram a família, a comunidade, o bairro, a escola pública inteira.

Não se enganem: o caminho não será fácil. Haverá quem duvide, quem tente diminuir, quem queira que vocês se sintam intrusos. Mas lembrem-se: vocês não estão invadindo nada. Estão retomando. Estão escrevendo a própria história com as mãos que antes quiseram calar.

Estudem, questionem, discordem. Não se tornem apenas bons profissionais: sejam sujeitos críticos, sensíveis, comprometidos com a transformação do mundo. O diploma é importante, mas a consciência é revolucionária.

Que a universidade não mude quem vocês são: que vocês mudem a universidade.

Que filhos de pobres virem doutores.

Que o conhecimento não sirva para afastar, mas para devolver.

Que cada conquista individual se transforme em compromisso coletivo.

Sigam!

Persistam!

Ocupar é um ato político!

E o futuro também é de vocês!

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TRILHANDO NA FICÇÃO: Culminância do Projeto "Bora Escrever"na Escola Tabelião Vicente Alexandrino de Alencar | CAMPOS SALES-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 21 de dezembro de 2025

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Na manhã da segunda-feira (15), houve a culminância do Projeto Bora Escrever, realizado no período de junho a novembro de 2025, com os discentes das turmas de 9º ano, na Escola Tabelião Vicente Alexandrino de Alencar em Campos Sales (CE). O projeto supracitado, além da prática da leitura, buscou incentivar a produção escrita de narrativas como foco principal. Seu produto final foi a publicação do ebook e  livro impresso "Trilhando na Ficção", escrito pelos protagonistas.

O professor orientador, José Roberto Morais, destacou durante a apresentação do projeto que iniciou as oficinas "revisando os elementos da narrativa na primeira etapa, seguido pela produção do primeiro conto a partir de um conflito gerador".

O conflito gerador também serviu para produção da capa do livro: "Era noite. Eu estava sossegado no meu apartamento, que fica no primeiro andar, em cima de uma loja, quando ouvi uma gritaria lá na rua. Olhei pela janela e não pude compreender o que estava acontecendo. Um casal corria pela calçada e, a uns 100 metros atrás, algumas pessoas pareciam transtornadas (...)"

No mês de agosto, a proposta de narrativa trouxe como temática o cotidiano do estudante. Já no mês das crianças, a narrativa proposta abordou como temática as lembranças da infância a partir de acontecimentos ou eventos ocorridos com os autores.

A obra literária está organizada em quatro capítulos: “Um casal na rua...” apresenta narrativas diversas a partir da mesma proposta; “No chão da escola” apresenta narrativas sobre a vivência e os conflitos cotidianos dos estudantes no ambiente escolar; “Recordações da infância” traz relatos de memória dos períodos escolares ou eventos ocorridos na infância; e o último capítulo conclui apresentando resumos das autobiografias e biografias dos autores envolvidos no projeto.

Durante as apresentações, cada autor apresentou um conto de sua autoria, presente no ebook. O momento foi conduzido pelo professor orientador, o escritor José Roberto Morais.

Além dos protagonistas do projeto, que são os autores do livro, o evento contou com a participação da Gerente do Mais Paic, Professora Paloma Fresya; os representantes da SME, Professor Tadeu Arrais e Professora Poliana Negreiros; a Diretora Administrativa, Vanessa Rodrigues; as Diretoras Pedagógicas, Denna Batista e Bianca Ferreira; a Professora cordelista, Esmeralda Costa e todos professores que estavam presentes na instituição de ensino.

Esse evento literário encerrou com um coffee break para todos que estiveram presentes. Para ler o ebook clique AQUI.

*O professor, poeta, cordelista e escritor araripense, José Roberto Morais é colunista da Revista Sarau de Fortaleza (CE) e membro fundador da Academia Cearense de Literatura de Cordel (ACLC). Autor das obras "50 Sonetos" (poesia, 2016); "Reforma Agrária e o Boi Zebu e as Formigas: uma análise sociológica" (crítica literária, 2017); "Veredas do Cordel" (literatura de cordel, 2022); "Fantástico Mundo da Leitura" (resenhas, 2022) e "Retalhos do Tempo" (crônicas, 2025).

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Atleta das categorias de base da AEASA Juazeiro do Norte, Mateus Leandro, é Destaque do ano no Atletismo cearense | SANTANA DO CARIRI-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 17 de dezembro de 2025

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É com informações do Centro de Formação de Atletismo "Escolinha Soldadinho do Araripe" e da Federação Cearense de Atletismo que anunciamos o Atleta Mateus Leandro como Destaque do ano no Atletismo cearense.

Depois de se tornar vice-campeão brasileiro Sub 23, vice-campeão Sulamericano Sub 23, medalha de bronze no Troféu Brasil Adultos e vice-campeão Panamericano Júnior, Mateus Leandro de Alencar, recebe o prêmio de "Melhor Atleta Cearense”, título esse, conquistado ao longo de 04 anos de muita perseverança.

O prêmio Destaques do Ano aconteceu na capital Fortaleza no Centro de Formação Olímpica, na noite da terça-feira (16), onde todos as federações indicaram seus destaques e Mateus Leandro de Alencar foi o grande destaque do Atletismo Cearense.

Mateus se destaca como um atleta que representa com excelência, disciplina e dedicação o atletismo do nosso estado. Agora, ele recebe o Prêmio de Melhores Atletas das Federações, sendo reconhecido pela Federação Cearense de Atletismo como Atleta Destaque do Ano.

Um prêmio mais do que merecido, que reconhece não apenas resultados, mas todo o esforço, comprometimento e a trajetória construída com muito trabalho ao longo do ano. Que esse reconhecimento seja mais um combustível para voos ainda maiores. O atletismo do Ceará se orgulha de você, Mateus!

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Estudante Nayon Duarte Vieira é 1º lugar na 7ª edição do Concurso de Redação Enem Chego Junto, Chego a 1.000 | SANTANA DO CARIRI-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 14 de dezembro de 2025

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@escolawbf

@crede18.crato

A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) por meio da Coordenadoria de Protagonismo Estudantil (Copes) em parceria com a Fundação Demócrito Rocha (FDR), realizou o Concurso Redação Enem: Chego junto, Chego a 1.000! - edição 2025, destinado a alunos da 3ª série e EJA (Educação de Jovens e Adultos) do ensino médio das escolas públicas do Ceará.

O objetivo deste concurso de redação é motivar a prática da escrita de textos do tipo dissertativo-argumentativo de alunos da 3ª série e EJA do ensino médio de escolas públicas do estado do Ceará, por meio da elaboração e da premiação às redações vencedoras do Concurso Redação Enem: Chego junto, Chego a 1.000!

Foram temáticas para a proposta de redação:

TEMA 1 - OS LIMITES DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA) NA VIDA COTIDIANA DO BRASILEIRO.

TEMA 2 - A REGULAMENTAÇÃO DA INTERNET NO COMBATE A ADULTIZAÇÃO E EROTIZAÇÃO DE CRIANÇAS NO CONTEXTO BRASILEIRO.

TEMA 3 - O PROFESSOR BRASILEIRO: COMBATE AO ADOECIMENTO MENTAL E FÍSICO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO.

TEMA 4 - MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A INTENSIFICAÇÃO DE DESASTRES AMBIENTAIS NO BRASIL: COMO REVERTER ESSE CENÁRIO?

TEMA 5 - O AUDIOVISUAL COMO ESPELHO E MODELADOR DA IDENTIDADE CULTURAL DO POVO BRASILEIRO.

A temática sorteada foi ‘O PROFESSOR BRASILEIRO: COMBATE AO ADOECIMENTO MENTAL E FÍSICO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO’ e os estudantes concorreram nas etapas – escolar, regional e estadual. Dentre 66 mil redações enviadas em todo o estado, o estudante Nayon Duarte Vieira da EEEP Wellington Belém de Figueiredo de Nova Olinda, obteve o 1º lugar com a orientação da Professora Iva Félix. Ele recebeu como premiação um smartphone e um notebook e a professora orientadora um smartphone.

“Como estudante, ter a redação premiada a nível estadual representa a sensação de que todo o esforço desenvolvido ao longo do ano foi recompensado e gerou frutos concretos. Esse reconhecimento mostra que, com dedicação, disciplina e muita batalha, é possível chegar longe e alcançar os meus objetivos. Além disso, o prêmio se torna uma fonte de inspiração não apenas para o Enem, mas também para os vestibulares e para todas as provas que ainda virão, sendo uma espécie de “injeção de ânimo” para seguir lutando pelas minhas pretensões”, disse o estudante Nayon.

Nayon conclui o 3º ano do Curso Técnico em Informática este ano e é filho dos agricultores Maria Aparecida Duarte Correia e Evanderson Vieira da Costa. Natural do município de Santana do Cariri, reside no Sítio Latão.

Para produzir o texto dissertativo-argumentativo, ele nos contou que usou como repertórios socioculturais, as obras: "Operários" de Tarsila do Amaral; "Sociedade do Cansaço" de Byung - Chul Han; e Teoria da alienação de Karl Marx.

“A importância desse tema está no fato de ele retratar uma realidade que muitos professores vivem todos os dias, mas que nem sempre é discutida como deveria. Os profissionais da educação, como destaquei no meu texto, lidam constantemente com pressão por resultados, baixa remuneração e jornadas de trabalho cansativas, o que acaba gerando muito estresse e afetando a saúde mental e física. Falar sobre isso é entender que essas condições interferem diretamente no trabalho que eles desenvolvem em sala de aula e, consequentemente, no ensino. Além disso, é um assunto que costuma ser ignorado no dia a dia e que ainda recebe poucas ações concretas para mudar essa realidade, o que torna o debate ainda mais necessário”, destaca Nayon.

Para concluir a nossa conversa perguntei ao estudante Nayon, qual dica ele deixa para os estudantes melhorarem o processo da escrita, no caso das produções textuais. “A prática ajuda a identificar os próprios erros, entender o que está funcionando nos textos e o que ainda precisa melhorar, para então trabalhar diretamente nesses pontos. Além disso, é muito importante buscar bons repertórios, por meio da leitura de livros, de filmes e de músicas. Também vale estudar a estrutura da redação, ler muitas redações nota 1000 e analisar o que esses estudantes fizeram de diferente para alcançar esse resultado. Tudo isso, junto com constância e dedicação, faz uma diferença expressiva na escrita,” concluiu.

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OS TERRITÓRIOS SIMBÓLICOS NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO E RECONFIGURAÇÃO DO TRABALHO DE ESPEDITO SELEIRO Por Suyane Pereira de Melo | ANTONINA DO NORTE-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 14 de dezembro de 2025

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Os trechos do artigo que segue foram elaborados pela pesquisadora Suyane Pereira de Melo, discente do Mestrado em Design pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ. A mesma entrou em contato com a nossa redação e vamos compartilhar aqui com vocês alguns trechos.

Suyane Melo nasceu em Fortaleza-CE e cresceu na região dos Inhamus, em Antonina do Norte. É formada em moda pela Universidade do Grande Rio-Unigranrio e atualmente é discente no Mestrado em Design pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ onde dedica-se às pesquisas relacionadas ao seu projeto que tem como objeto de estudo o trabalho do Mestre  Espedito Seleiro.  Suyane também é cordelista, e considera-se uma aprendiz na arte da poesia. Uma Sertaneja fiel à sua cultura e aos costumes da sua região.

OS TERRITÓRIOS SIMBÓLICOS NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO E RECONFIGURAÇÃO DO TRABALHO DE ESPEDITO SELEIRO Por Suyane Pereira de Melo

(...) a jornada de vida do artesão Espedito Veloso de Carvalho, mais conhecido como Espedito Seleiro com S de Sela, pois herdou do pai o ofício de seleiro, aos 10 anos de idade confeccionou seu primeiro artefato em couro, uma maleta, seguindo as técnicas e o modelo de repetição, tendo a figura paterna como mestre. Aprendeu ainda criança a decifrar as funções de cada ferramenta e a manusear com destreza a matéria-prima, o couro. Material que tornou-se sua principal fonte de renda. Espedito vem de uma família de Seleiros, cresceu vendo seu pai fabricar todo tipo de equipamento e acessórios para uso pessoal e para os vaqueiros da região. Numa época em que haviam muitas fazendas, e a família seleiro era sempre solicitada pelos vaqueiros da região

Espedito casou-se e começou a trabalhar sozinho, iniciando assim, o processo de transformação do seu território. As tradições se constroem a partir de elementos que constituem a identidade de determinado grupo, a constituição dessa identidade se dá a partir de agenciamentos, e por mais que seja comum partilhar o mesmo território, existem contratempos que fazem com que o artesão refaça sua rota, na construção de um novo território, no processo de desterritorialização. Ao desvincular-se do seu pai, Espedito inicia um novo capítulo em sua história. Com o advento da crise da profissão de vaqueiro Espedito precisou repensar o futuro do seu ofício, o que fez com que o artesão ampliasse a variedade de produtos, modificando também seu público alvo.

A profissão de vaqueiro, atividade tradicionalmente ligada à criação de gado e à cultura sertaneja enfrentou desafios como a mecanização da agricultura e a legislação ambiental, fatores esses que continuam desafiando a profissão, especialmente no nordeste, com a mudança de perfil das propriedades e a própria transformação da sociedade houve uma significativa queda na profissão, trazendo fortes mudanças no cenário e cultura sertaneja.

Uma das mudanças mais significativas, foi a troca de meio de transporte, quando o vaqueiro troca o cavalo pela moto, e a sela, artefato que deu nome à profissão de muitos artesãos deixa de ser o produto de maior relevância e uso, assim como a própria vestimenta do vaqueiro, o Gibão. Com a escassez cada vez maior do seu público alvo, Espedito precisou reiventar-se.

As primeiras mudanças ocorreram a partir da confecção de uma sela encomendada por um cigano. Espedito relata que o cigano pediu que ele criasse algo diferente, que nem ele, nem o pai dele, nem o avo haviam feito, algo que nenhum seleiro da região tinha feito. Espedito já tinha experiência em confecções de sela, e para não mexer na estrutura, resolveu inovar adicionando cores na superfície do couro, algo que até então não era comum na região, visto que o costume era o uso do couro em seu tom natural. Com a dificuldade de encontrar o couro já tingido, o artesão fez todo o processo de tingimento, fazendo uso de corantes naturais. Utilizando as técnicas que aprendeu com o seu pai.

A partir da confecção da sela colorida, Espedito ressignificou seu ofício, com a inserção de novos elementos visuais aliados aos padrões já existentes, preservando os traços culturais presentes nos desenhos criados pelo artesão. Embora a sela tenha sido encomendada para ser utilizada como um acessório a qual seu uso se destina, ela tem um valor que vai além da função, pois trata-se de um artefato que passou a possuir um novo significado estético por ganhar novos elementos visuais, como o uso de cores, a sobreposição de materiais, textura e forma.

A sela é em suma a reterritorialização do ofício de Espedito Seleiro, é a reconfiguração, onde ele integrou novas normas, construindo um entrecruzamento entre o passado e o presente. Se há um movimento de desterritorialização, teremos também um movimento de reterritorialização” no que se refere à transformação do trabalho de Espedito Seleiro, esse processo se deu a partir do uso de novos elementos em seus produtos, como o uso de cores, materiais, formas e texturas. Elementos esses que permanecem em seus produtos.

É importante ressaltar que, quando acontece o processo de desterritorialização, surge o fenómeno de reterritorialização, acima mencionados, algumas práticas e costumes não deixam de existir no grupo que foi desterritorializado. Contudo, as práticas e costumes se adaptam e interagem com outros costumes, na construção de um hibridismo, como um território em transito.

Em se tratando da transformação no trabalho de Espedito Seleiro, o artesão criou sua própria identidade, sem abandonar os padrões impostos pela tradição familiar em que o ofício é transmitido através de gerações. O mesmo movimento está acontecendo na trajetória de seu filho Maninho Seleiro, o filho do artesão trabalha diretamente com o pai em seu atelier, onde iniciou seu ofício seguindo os mesmos moldes, aprendendo através da repetição. Mantendo a tradição familiar na transmissão de ofício.

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MENSAGEM DE FINAL DE ANO 2025/2026 | ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL ‘DA ORDEM DE PLATÃO’

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 14 de dezembro de 2025

@luceliamuniz_09     @ubuntunoticias

A gigante ALB de nossos dias de 2025, se deve aos múltiplos atores da literatura que à elevam ano a ano no cenário lítero-cultural brasileiro. Observe-se, como exemplo, somente nos meses de novembro e dezembro do ano em curso, a realização de eventos altamente profícuos, de norte a sul do Brasil: ALB/Roraima, ALB/Amazonas, ALB/Maranhão, ALB/Pará, ALB/Ceará, ALB/Pernambuco, ALB/Bahia, ALB/Mato Grosso do Sul, ALB/Minas Gerais, ALB/Rio de Janeiro, ALB/São Paulo, ALB/Paraná, ALB Santa Catarina, ALB/Rio Grande do Sul, envolvendo, em seu conjunto, milhares de cidadãos entorno da literatura, com lançamentos de livros solos, antologias, coletâneas, participações em feiras de livros à seminários e palestras, publicações em jornais, blogs, sites, inclusive internacionalmente.

Cumprindo, nossa sigla, os mais sublimes objetivos para os quais foi criada. Colocando no radar literário brasileiro, também jovens iniciantes escritores, em franco início de identificação vocacional e carreira, elevando a literatura brasileira, ao status assertivo de IMORTAL, em inequívoco desenvolvimento, expansão e conquistas, orgulhando a população de nosso País, por sua interatividade qualitativa, pujante e determinada.

A Academia de Letras do Brasil 'Da Ordem de Platão' orgulha-se em contar, em seus quadros, com escritoras e escritores responsáveis por transformar, para melhor, as perspectivas culturais do Brasil, por meio do desenvolvimento do trabalho intelectual, elegendo a Literatura como instrumento concreto de evolução humana, política e social.

Salvas aos Membros e Gestores da ALB.

Votos plenos de um próspero Ano-novo, com saúde abundante aos nossos Confrades, Confreiras, familiares, leitores, editores e amigos!

Cumprimentos especiais às nossas Seccionais, por mais um ano de excelência de missão literária, ao engrandecimento do nosso amado Brasil.

Prof. Dr. Mário Carabajal

Presidência/ALB

Dezembro/2025 

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Casarão de 50 anos adorna paisagem do Sítio Patos com sua fachada tradicional | NOVA OLINDA-CE

Jornalista Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 14 de dezembro de 2025

@luceliamuniz_09     @ubuntunoticias

No domingo (07), estive no Sítio Patos tomando um cafezinho na casa de Cida, Maria Aparecida de Oliveira Silva, e na ocasião conversamos sobre ela manter o casarão de seus pais tão conservado nos remetendo as memórias desta localidade e do convívio com os mesmos.

Os proprietários do casarão eram o casal de agricultores, Alexandre Patrocínio de Oliveira mais conhecido como “Padim Neném” e Maria Heroína de Oliveira mais conhecida como “Madinha Heroína”. Quando se casaram construíram uma casa de taipa que no ano de 1975 deu lugar ao casarão que até hoje adorna a paisagem do Sítio Patos com sua cor verde e contornos brancos na fachada tradicional.

O casal não teve filhos, mas adotou três crianças – o Fransquim, a Cida e o Mazim, herdeiros não só de bens, mas de uma história marcada pela superação e exemplo de seus pais, Neném e Heroína. “Mamãe dizia: são três telhas, uma para cada um”, lembra Cida.

Padim Neném entra para a história do município de Nova Olinda como o 1º feirante. Ele começou a exercer este ofício no ano de 1959. Comprava os tecidos e sua esposa Heroína cortava e costurava as roupas que eram vendidas na feira local e nos municípios de Assaré e Santana do Cariri, lembra Marvenier, marido de Cida. Salientando que Cida e seu marido também abraçaram a profissão de feirante até abrirem seu estabelecimento comercial próprio. Cida ainda ressalta que Neném e Heroína comprava mandioca e durante muitos anos também fizeram farinhada.

Pedi licença para fotografar, visitar o casarão e fazer esta matéria. No interior do casarão, Cida mantém muitos objetos, como móveis, utensílios, fotografias e santos que remontam a história de seus pais. 

Até hoje ela realiza a renovação do casal e o rosário usado por eles está junto aos santos. “Não quis deixar na cruz onde eles foram sepultados”, disse Cida.

Numa das salas, a mesa de madeira com gavetas onde o casal fazia as refeições e uma típica copeira com os copos de alumínio. Num dos quartos a cama de casal e na cozinha o fogão a lenha e a chaleira sob uma das bocas. “Papai dizia: minha filha guarde tudo, a gente nunca sabe quando vai precisar”, lembra Cida.

O casarão destaca-se no solo de terra batida ladeado pela vegetação com sua fachada pintada em verde e branco. Possui um estilo arquitetônico tradicional, comum em áreas rurais ou cidades menores do Brasil. A pintura em dois tons realça as janelas e portas de madeira, que também são pintadas na cor verde. A frente da casa apresenta uma pequena elevação de concreto, funcionando como um degrau numa calçada.

Em alto relevo, integram as superfícies dessas fachadas com formas geométricas, orgânicas, além de molduras nas aberturas das janelas, portas e nos limites do plano frontal. É possível observar o dado manual do trabalho que origina as formas e composições. Mais do que a própria arquitetura, uma casa guarda memórias, afetos, histórias e uma dose de nostalgia. Me considero uma caçadora de histórias! Histórias que inspiram!

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