22/01/2022

110 anos do Senhor Wellington Belém de Figueiredo | MEMÓRIA

Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 22 de janeiro de 2022

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Em tempo, a Redação do Ubuntu Notícias faz Homenagem a Memória do Senhor Welllington Belém de Figueiredo, em seus 110 anos comemorados dia 19 de janeiro, veiculando aqui um pouco da história deste ilustre cidadão.

WELLINGTON BELÉM DE FIGUEIREDO - Biografia

Nasceu em Crato-CE, no dia 19 de Janeiro de 1912. Seus pais: Antonio Belém Sobrinho e Maria Belém de Figueiredo. Toda a sua formação foi no Ginásio do Crato (Colégio Diocesano), trabalhou nas Casas Pernambucanas quando ainda jovem para concluir os estudos. Estudou Inglês, Francês e fez curso de Datilografia.

Depois de concluir os estudos, trabalhou na Farmácia Brasil do seu Tio, Dr. Belém de Figueiredo em Juazeiro do Norte-CE. Logo depois trabalhou em Viçosa-CE, sendo professor por dois anos. 

Conheceu, em Nova Olinda-CE, a Srta. Adelaide de Alencar Milfont com quem namorou e noivou, continuando a trabalhar na Farmácia Brasil em Juazeiro do Norte-CE. Mantinha a chama acesa do amor entre os dois através de cartas. Casou no dia 20 de janeiro de 1945, no dia do Padroeiro São Sebastião na Igreja de Nova Olinda-CE. Cerimônia essa muito reservada, pois, os noivos combinaram que não queriam divulgação, estavam presentes apenas as testemunhas, suas irmãs e cunhados. A união foi celebrada pelo Pároco da Cidade de Santana do Cariri, Pe. Cristiano Coelho.

Desta união nasceram os filhos: Francisco Eldon Milfont Belém (Empresário), Maria Ademilde Milfont Belém Mourão (Pedagoga), Carlos Alberto Milfont Belém (Advogado), Francisca Ivonilde Milfont Belém (Pedagoga)(In memoriam) e Maria Nereide Milfont Belém (Pedagoga).

Ao chegar em Nova Olinda sua missão foi alfabetizar todos que não tiveram a chance de frequentar a Escola. Entre eles, as cunhadas, cunhados, compadres, comadres e as pessoas que vinham de outras cidades vizinhas com o objetivo de se prepararem para o exame de admissão. Dentre estas, destaca-se o Dr. Plácido Cidade Nuvens (Reitor da URCA por alguns anos), o qual sempre o elogiou. Numa época em que a SEFAZ – Secretaria da Fazenda precisou de Fiscais para assumir o cargo de Coletor na cidade do Crato, ele preparou muitos candidatos, entre eles, destacaram-se Laurênio Alves Feitosa e Francisco de Alencar Milfont (Macedo).

Quando a seca se alastrou na região, foi convidado a trabalhar no Latão, e em Itaguá-CE no açude feito pelo DENOCS no ano de 1951 a 1957 com o cargo de Encarregado de Obras. Quando a referida Instituição foi desativada o mesmo retornou para Nova Olinda.

Tentou de tudo, foi comerciante no ramo alimentício e farmacêutico, mas nunca deixou a sua missão de educar, se dedicando a leitura e na transmissão de seus conhecimentos.

Foi Juiz Especial de Paz, durante anos. Ele trabalhou com suas colegas Marília Feitosa e Diva Feitosa realizando casamentos.

E, logo passou a ensinar no Centro Educacional Avelino Feitosa, era professor das disciplinas de Português, Inglês e Francês.

No ano de 1959 assumiu a Prefeitura Municipal de Nova Olinda com os cargos de Secretário e Tesoureiro, onde trabalhava com muita dedicação e eficiência ressaltando sua honestidade. Foi muito amigo das pessoas simples e não era adepto a politicagem, ele tinha aversão a este tipo de atitude. Neste campo da política, admirava o Cel. Adauto Bezerra.

Vivia viajando para Fortaleza-CE a trabalho da Prefeitura e também para se aperfeiçoar em Inglês e Francês, onde fez um curso de capacitação para assumir as disciplinas no Centro Educacional Avelino Feitosa.

Por ser um pai muito dedicado a família, sua maior dor foi ter que se separar dos filhos, quando estes vieram em 1974 estudar na cidade do Crato. Ele os visitava todos os fins de semana e só voltava para Nova Olinda nas terças-feiras. Morava em Nova Olinda com a sogra Adélia de Alencar Milfont e com a cunhada Ivanira Milfont e o Sr. Zeca Leal, enquanto os filhos seguiam o seu legado. “A educação é a maior herança que um pai pode deixar para os filhos” - ele sempre dizia esta frase.

Chegou a se aposentar em 1981, onde não pode usufruir da sua aposentadoria, pois logo em seguida foi acometido de uma esclerose senil.

Faleceu no dia 06 de Maio de 1988 na sua residência, deixando a viúva Adelaide de Alencar Milfont Belém, os 05 filhos, 08 netos e 03 bisnetos.

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