05/10/2015

POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS NO CEARÁ (trechos do livro)

POVOS DO MAR
O maior movimento social situado na zona costeira cearense é autodenominado de “povos do mar”. Maior pela quantidade de categorias de sujeitos que o movimento abarca, congregando organizações de pescadores, catadores de caranguejo, marisqueiras, produtores de algas, “moradores” e, em certas circunstâncias, indígenas e quilombolas.

INDÍGENAS
Uma outra mobilização importante no Ceará é a dos povos indígenas. A quantidade desses povos no Ceará varia de acordo com a agência produtora de informação. O movimento indígena menciona 13 povos em 16 municípios, e há organizações não-governamentais e pesquisas que apresentam números que variam entre 17 e 18 povos. O IBGE (2006) estimou uma população de 21.015 indígenas no estado e num documento produzido pelo movimento indígena afirma-se que “[...] a população indígena no estado já supera 23 mil indígenas devidamente cadastrados pela FUNASA e pelo NAL/CE [Núcleo de Apoio Local da FUNAI]” (APOINME, 2009, p. 1). Há também inúmeros povos indígenas morando em Fortaleza, sobre os quais há poucas informações.

QUILOMBOLAS
De acordo com levantamento do movimento negro, há 82 comunidades quilombolas no Ceará, distribuídas em 29 municípios (QUILOMBOLAS, s/d). Há notícias também de inúmeras comunidades em Fortaleza.
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De acordo com Noleto (s/d), o Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará (IDACE) e o INCRA informam que são 47 terras de quilombos no estado do Ceará, distribuídas em 17 municípios. No entanto, em 2005 só havia 18 processos de regularização fundiária abertos, cinco destes estavam em fase inicial, e somente um processo já tinha seu relatório antropológico concluído (INCRA, 2005).
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Povos de terreiro ou povos de santo
De acordo com a União Espírita Cearense de Umbanda (Uecum) existem pelo menos 15 mil terreiros de umbanda no Ceará (DIÁRIO, 2003). Localizei as seguintes organizações: União Espírita Cearense de Umbanda (Uecum), União Cearense de Umbanda; mas há inúmeras outras instituições.
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Max Maranhão Piorsky Aires
Do livro NA MATA DO SABIÁ: CONTRIBUIÇÕES SOBRE A PRESENÇA INDÍGENA NO CEARÁ

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