10/02/2015

Um pouco da história

O uso de tecnologias na escola pública brasileira iniciou-se timidamente, com projetos pilotos em escolas no final de 1980. Nesses projetos, algumas experiências ocorriam com o uso do computador em atividades disciplinares e muitas outras eram extracurriculares e ocorriam em horários diferentes daqueles em que os alunos frequentavam a escola. Nas duas situações, era possível observar que as práticas apresentavam-se com base em uma das seguintes abordagens: instrucionista, na qual o computador pode ser usado na educação como máquina de ensinar ou como máquina para ser ensinada; ou construcionista, por meio da qual o aluno constrói, por intermédio do computador, o seu próprio conhecimento.
Na visão instrucionista, o uso do computador como máquina de ensinar consiste na informatização dos métodos de ensino tradicionais. Alguém programa no computador uma série de informações e elas são passadas ao aluno na forma de um tutorial e de exercício e prática.
No construcionismo, a construção do conhecimento acontece na realização de uma ação concreta que produz um produto palpável, como um artigo, um projeto, um objeto, de interesse pessoal de quem produz (VALENTE, 1999, p.141).
Tivemos, evidentemente, um momento em que a abordagem construcionista ganhou espaço em sala de aula, contudo cabe ao professor orientar o aluno para que ele possa ter acesso a informações em diferentes fontes – livros didáticos e paradidáticos, revistas, jornais, internet, filmes, programas de rádio, especialistas, entre outros –, a fim de atribuir-lhes significados e construir conhecimento. Através do diálogo, o professor pode entender o mundo do aluno e identificar os conhecimentos que ele traz do cotidiano. Ademais, pode orientá-lo para que possa reconstruir significados e formalizar o conhecimento cotidiano como conhecimento científico. É, com efeito, papel da escola trabalhar com o conhecimento científico, mas isso não significa empurrar para o aluno o conhecimento abstrato e sim realizar um trabalho pedagógico a partir do conhecimento que o aluno demonstra possuir, a fim de que ele possa se desenvolver e atingir o novo patamar do conhecimento científico sistematizado.
Vale lembrarmos que a prática concreta não se desenvolve exclusivamente em uma dessas abordagens. Valente (1999) comenta, por sua vez, que a prática oscila entre esses dois eixos, instrucionismo e construtivismo, mas há sempre um eixo predominante, o qual se relaciona com as concepções do educador sobre conhecimento, ensino, aprendizagem e currículo.

FONTE
Curso Tecnologia na Educação: Ensinando e aprendendo com as TICs

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