22/01/2022

HOMENAGEM EM SÃO PAULO, PELO INSTITUTO BEVENUTTO - Cordel de Raimundo Sandro Cidrão

Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 22 de janeiro de 2022

@luceliamuniz_09 @ubuntunoticias @agenciaclick__  

Cordel HOMENAGEM EM SÃO PAULO, PELO INSTITUTO BEVENUTTO Por Sandro Cidrão

1

Plantando boas sementes

Nos campos da Educação,

Germinaram lindas árvores

No íntimo do coração

Daqueles que ensinei

E o meu tempo dediquei

Em cada sala de aula;

Com toda determinação

Segurando em cada mão

Conduzindo, edifiquei.

2

E como diz o ditado:

“A gente colhe o que planta”

A semente da bondade

Se multiplica em tantas...

Vem o reconhecimento

Servindo pra nós de alento

Valorização que encanta.

Homenageado em vida

Antes da grande partida

Que ninguém sabe o momento.

3

E aconteceu comigo

Um grande contentamento

Da cidade de São Paulo

Veio o reconhecimento

Do Educacional Instituto

Que tem no nome Bevenutto

Onde ex-alunos meus estão.

Resolvem então denominar

E numa escola colocar

Raimundo Sandro Cidrão

4

Lá no Jardim Damasceno

Na Freguesia do Ó

Na metrópole de São Paulo

Meus amigos, vejam só

Josy Maria e Francisco

Santanenses, lá benquistos

Juracildo e outros mais;

Enfrentaram tal jornada

Com uma data já marcada

Para esse evento de paz.

5

De brinde eu também ganhei

Passagens de avião

E pela GOL eu voei

Testando meu coração.

E eu fiquei maravilhado

Das alturas, vi ao lado

Sampa, Guarulhos... olhei.

O medo ficou de lado,

Pois antes do esperado

Em terra firme pisei.

6

No “hall” do Aeroporto

Que é o maior do país

Vi o ex-aluno Francisco

Fiquei então mais feliz.

Ao ver Josy e Juracildo

Chamei logo o Francinildo

Que comigo viajou;

Então pegamos as malas;

Saímos daquelas salas

Das esteiras, com calor.

7

Fomos ao apartamento

Onde iríamos nós ficar

Antes de entrar disse Josy:

Vamos um caldo tomar;

É o famoso “caldo verde”

Depois na cama ou na rede

Dormir, também descansar.

Para bem cedo sair

No carro que devia vir

Bem cedinho, nos buscar.

8

Dezessete de dezembro

De dois mil e vinte e um

Foi bela a inauguração

Num momento incomum;

Sexta-feira que encantava

Do céu até neblinava

Como numa saudação.

Cheguei e me encantei

A todos cumprimentei,

Com carinho e atenção.

9

A festa pela manhã

Tocou o meu coração

Quando vi naquela placa:

“CEI Professor Sandro Cidrão”

Todos uniformizados

Professores, convidados,

Alunos e funcionários.

Em todas as dependências

Móveis, jogos de Ciências,

Brinquedos, também berçários.

10

E dentre os convidados

Santanenses encontrei:

Níria, Cícero, Mariene

Com Cecília, me animei.

Logo então fui convidado

Na mesa de honra, sentado

Ao lado de autoridades;

Câmara e subprefeitura,

Secretários à altura;

Estava bem ladeado.

11

Dulcilene, a diretora

Silvia, com desenvoltura

Parceira Maria Cecília

Amores de criaturas;

Marlena Payan, Larissa;

Com Francisco a premissa

De alcançar mais e sempre.

A Doutora Josy falou

Em sua mensagem exaltou

O professor santanense.

12

Ao proferir meu discurso

Bem antes solicitei

Um minuto de silêncio

Então a Deus eu orei,

Pois na noite anterior

Deixando tristeza e dor

Uma funcionária faleceu:

Marli, exemplo de fé.

Para nos manter de pé,

Sua esperança venceu.

13

E assim Juliana Fábio

Segue o cerimonial

Me entregando o microfone

Para o discurso inaugural.

Paulo Freire, então citei

E logo me emocionei

Lembrando a situação;

Nesta grande pandemia

Que trouxe tanta agonia

Para a Cultura e Educação

14

Após lauto “coffee break”

Fomos então visitar

Os outros CEI’s existentes

E num deles almoçar.

“Asas da Vida” primoroso,

“Maura”, o “Benigna Cardoso”

E “o Anivaldo” também.

Willamara eu conheci,

E a Andréa, depois daí;

Gente agradável, do bem.

15

Fui também presenteado

Com um inesquecível “tour”

Museus, teatros, igrejas,

Ruas, praças, “expotur”.

Holambra com suas flores

Num festival de mil cores

Degustei o seu “menu”.

“Filé à parmegiana”

Numa apresentação bacana

E uma “petit gateau”.

16

Conheci o centro histórico

Também a Sé Catedral

Fui à Estação da Luz,

Ao teatro Municipal;

“Monteverdi em concerto”

O coral tocou meu peito

E o Minczuck magistral,

Com tenores e sopranos;

Não estava nos meus planos

Este evento cultural.

17

Lembrei show de Elis Regina

No Viaduto do Chá

Quando de lá avistei

“Selva de pedra” sem par

A Rua Santa Ifigênia

E o prédio de Dona Armênia

Me veio a inspiração;

De produzir estas rimas

Sentado em uma esquina

Na Ipiranga com a São João.

18

Mas foi na Pinacoteca

O momento magistral

Me deparei frente à frente

Com um “Tarsila do Amaral”.

A tela “Antropofagia”

Com toda a sua magia

Da arte, a revolução.

Debret e Di Cavalcanti

Rodin, da escultura, amante

Tocaram meu coração.

19

Às vésperas de retornar

Fomos então, conhecer

A Chácara do Francisco

Pra sua esposa eu rever

Seu nome “Preta” Maria

Uma flor de simpatia;

Solícita em agradar;

A sua casa mostrou

Também me presenteou

Com um mimo, vou lembrar.

20

Na manhã da sexta-feira

Já na véspera do Natal

Fomos ao aeroporto

Naquela área central.

Corre-corre contra o tempo;

Guichês, “check-in”, contratempos

Num vaivém infernal.

Com bagagens despachadas,

Seguimos para as entradas

Do nosso embarque, afinal.

21

Lá, triste, eu me despedi

Da amiga Josy Maria

E do compadre Juracildo

Que fez mais do que podia.

No salão de embarque entrei

E lá então encontrei

Silmara de mala na mão.

Mariene me abraçou,

Pois íamos no mesmo voo

Voltar ao nosso torrão.

22

Chegando ao Juazeiro

A Deus, logo agradeci

A viagem foi tranquila

De São Paulo ao Cariri.

Fernando e Cida lá estavam

Com o Moésio, esperavam;

Quanta consideração!...

Seguimos para Santana

Neste encontro bem bacana

Com fé e determinação.

23

Chegando a minha casa

Filhas e esposa abracei,

E fomos logo cantando

O bendito: “A nós descei...”

Após a Entronização,

Agora, a Renovação

Iríamos todos rezar;

Ao Coração de Jesus

Pedindo que a sua luz

Nos viesse abençoar.

Santana do Cariri-CE, 13 de janeiro de 2022.

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