31/01/2020

Jornada Pedagógica da escola profissional de Nova Olinda conta com Palestra do Prof. Dr. Iarley Brito

Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 31 de janeiro de 2020
Arquivo de Imagens - Professora Andréia Teles
“As pessoas passam a vida inteira buscando auto aceitação, e quando finalmente se aceitam, elas mudam”. C.R. Rogers
A Jornada Pedagógica da Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo de Nova Olinda-CE aconteceu nos dias 29, 30 e 31 de janeiro tendo como eixo central: criatividade, pensamento crítico, comunicação, colaboração, atenção plena, curiosidade, coragem, resiliência, ética, liderança, metacognição e mentalidade de crescimento. Este ano o lema é #FocoNaAprendizagem – Unidos venceremos qualquer desafio!
Dentro da pauta da jornada foi realizado uma Palestra com o Prof. Dr. Iarley Brito com o tema – Competências Socioemocionais: como ensinar e aprender? *Joaquim Iarley Brito Roque – É graduado em Filosofia e Psicologia (CRP 11/08040). Tem Mestrado em Filosofia Contemporânea pela UFC. Doutor em Educação Brasileira pela UFC. É Professor de Filosofia pela rede estadual de ensino e de Psicologia Educacional pelo Centro Universitário Doutor Leão Sampaio.
De acordo com o palestrante as competências socioemocionais estão em discussão desde o ano de 2004 e conforme lei, todas as escolas públicas e particulares deveriam trabalha-las até o ano de 2019.
Na ocasião, o mesmo fez referência as 10 Competências Socioemocionais da BNCC – Base Nacional Comum Curricular agrupadas em 05 aqui no Estado do Ceará. Ainda suscitou o seguinte questionamento: Educar ou Escolarizar? E, qual a diferença entre Competências e Habilidades?
Para aplicabilidade das competências socioemocionais dentro do ambiente escolar destacou a importância da formação do professor. Alguns projetos já foram trabalhados em anos anteriores com foco para tais competências, a exemplo do denominado, Diálogos Socioemocionais.
Em sua abordagem, o Prof. Dr. Iarley Brito, falou da crise de legitimidade na informação. Referenciou alguns pontos como a capacidade de pensar criticamente e a Empatia como a capacidade de se colocar no lugar do outro, mas entender que você nunca vai conseguir se colocar no lugar do outro – conforme uma das definições defendidas sobre empatia. O Professor, então, necessita se avaliar e ter autoconhecimento.
Dentro dos aspectos abordados também foi citado a Crise Educacional enquanto crise de legitimidade. Na Educação familiar, a dificuldade dos pais pronunciarem “NÃO”; o AMOR como elemento de barganha entre pais e filhos; pais deslegitimizados produzindo filhos com dificuldades de reconhecerem a legitimidade dos outros.
Num contexto social que se estimula mais a capacidade de COMPETIR do que COOPERAR como educar? “Só elabora quem fala!” A partir desta fala destacou a importância de dentro do nosso fazer pedagógico, nós professores, usarmos o diálogo para entendermos e nos relacionarmos com os nossos educandos.

“Na “ausência” dos primeiros outros (figuras de afeto) o que a escola pode fazer? Precisamos nos utilizar do “lugar paterno”, do desejo lançado a nós como ferramenta pedagógica”, destacou o Prof. Dr. Iarley Brito.

Este sugeriu a criação de grupos psicoeducativos, espaços de diálogos e o fortalecimento dos aspectos democráticos, a exemplo do próprio Grêmio Estudantil da Escola. Através do Novo Ensino Médio e da BNCC – ressignificar os fazeres pedagógicos devendo considerar Conhecimento como Autoconhecimento e Habilidades como a capacidade de escutar, explicar, aceitar e acolher.  

Considerando ainda ATITUDE como congruência, empatia, aceitação incondicional e a COMPETÊNCIA – o saber fazer/ser. Ele deixou como sugestão de leitura o livro – Liberdade para aprender – de autoria de C. R. Rogers.

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