03/02/2018

É hora de fazer Avaliação Diagnóstica!

Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 03 de fevereiro de 2018
Início do ano, turma nova, Escola nova, enfim, como começar o trabalho com os alunos?
Nem pense em iniciar o trabalho pedagógico partindo da premissa do que você ACHA que os alunos já sabem. É preciso investigar, avaliar, levantar o que de fato a turma já sabe e o que ainda ela não sabe.

O instrumento para fazer isso é realizar a Avaliação Diagnóstica, que tem o objetivo de verificar a presença e a ausência dos pré-requisitos de aprendizagem adquiridos, ou não, na série anterior.

Não há um modelo de Avaliação Diagnóstica, cada Professor, conforme sua disciplina e os pré-requisitos que precisam ser trazidos da série anterior, é quem elabora atividades que levantem o que o aluno sabe e o que ele ainda não aprendeu.

Quando e porquê realizar a Avaliação diagnóstica:
Realizada no início do curso, período letivo ou unidade de ensino.
Tem a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não domínio dos pré-requisitos necessários (conhecimentos e habilidades) para novas aprendizagens, caracterização de eventuais problemas de aprendizagem e suas possíveis causas (cognitivo);

Função: diagnosticar.
Serve para identificar alunos apáticos, distraídos, desmotivados (comportamentos);
De posse dos resultados da avaliação diagnóstica será possível o Professor ajudar os alunos das seguintes formas:
Estimular o relacionamento entre os alunos, através de jogos e atividades dinâmicas;
Criar intervenções pedagógicas específicas que auxiliem o aluno a superar dificuldades;
Criar Rotinas  que reforcem o comportamento positivo dos alunos;
Realizar mudanças no ambiente da sala de aula que favoreça o aprendizado;
Adotar novas práticas de ensino que estimulem a participação da turma.
(...)
Como Avaliar: Instrumentos de avaliação
Existem diversos recursos e práticas de ensino disponíveis que podem ser utilizados no momento da avaliação diagnóstica. Idealmente, selecione mais de um dos instrumentos abaixo:
Pré-teste;
Auto-avaliação;
Observação;
Relatório;
Prova;
Questionário;
Acompanhamento;
Discussão em grupo;
Estudos de caso (análise de estudos de casos com o objetivo de identificar como o aluno  responde à avaliação);
Fichas de avaliação de problemas (trabalhar com modelos de fichas de avaliação), etc.

A utilização dos instrumentos deve ser adequada ao contexto em que o professor se encontra. Por exemplo, aulas com muitos alunos inviabilizam a avaliação por observação ou acompanhamento, enquanto que disciplinas práticas possibilitam esses instrumentos de avaliação.

Não se surpreenda se, ao analisar os resultados levantados na Avaliação Diagnóstica você tenha de fazer ajustes no Planejamento. Afinal, quando o Planejamento é criado, o aluno ainda não foi avaliado, e portanto, o Planejamento é elaborado com base em um aluno “ideal”, e portanto, é um Planejamento longe da realidade dos alunos, pois o Professor o elabora baseado em suposições e não em dados reais.

O fato é que, quando as aulas começam a situação mostra-se outra: alunos com defasagens de aprendizado, com dificuldades em determinados conteúdos, e sem os pré-requisitos necessários para cursar aquela série.

E antes que você reclame que realizar a Avaliação Diagnóstica é uma “perda” de tempo porque você tem que “dar conta” do Planejamento até o final do ano, já lhe aviso: o objetivo maior que você deve cumprir é criar todas as condições para que todos os alunos adquiram as competências necessárias de aprendizado e não apenas para cumprir o Planejamento.

Por isso mãos à obra: comece o planejamento pela Avaliação Diagnóstica. Já diz o ditado “ Se você falha em não planejar, você com certeza, já planeja falhar”.

Roseli Brito
Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach
http://www.ubuntunoticiasce.com.br/2017/08/ubuntu-noticias-oferecimento.html

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