03/06/2016

Poesia que retrata a violência sofrida pela Menina Benigna e traz uma abordagem com palavras de ordem feminista

Raul, símbolo de violência.
Corrompestes a minha inocência.
Vistes maldade na minha benevolência.
E trucidaste minhas diretrizes

Raul, quem me dera um dia pudesse te converter.
No Santo Deus poderíamos crer.
Num certo dia, juntos iríamos agradecer.
Pela devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Raul, eu era flor de pequi de doze anos.
Vestia-me de recatados panos.
Seguindo a Deus, moldei planos.
Mas tu te ateu a me perseguir.

Raul, não te concedo a minha virgindade.
Não irás corromper minha castidade.
A Deus concedo minha fidelidade.
Nem que para isso precise morrer.

Raul, cortar-me os dedos não me impedirá de lutar.
A foiçadas tu poderás até me aniquilar.
Mas a luta continuará.
Até que um dia a mulher ganhe respeito.

Raul, você não é um indivíduo.
Você é o puro machismo.
Que num ato de fetichismo.
Cometestes abusos e feminicídio.

Raul, não sou só a benigna menina.
Sou Rosa, Maria, Francisca e Nina.
Mulheres encontradas mortas nas esquinas.
Vítimas de seres como você.
Felipe Duarte

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