02/07/2014

Parábolas de Fé – Fonte Nova

“Perdido no deserto, já bastante fragilizado pela sede, um homem encontra uma velha cabana, mal cuidada, sem janelas, sem teto, abandonada há muito tempo”. Deu a volta pra ver se encontrava um lugar para descansar; e deitou sob a sombra de uma das paredes. Olhando ao lado da casa, viu uma bomba d’água bastante enferrujada.
Já sem forças, se arrastou até a bomba, pegou a manivela e começou a bombear. Repetiu o movimento várias vezes, mas nada aconteceu. Desapontado e com as energias esgotadas, acabou deitado ali mesmo. Ao deitar bateu a cabeça em alguma coisa dura. Olhou e viu uma velha garrafa cheia d’água. Limpou a sujeira que a cobria para ter certeza de que estava cheia e pôde então ler um bilhete que estava grudado nela: ‘Caro viajante, você precisa primeiro preparar a bomba derramando sobre ela toda a água desta garrafa. Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir, para o próximo viajante’.
O homem tirou a rolha da garrafa e confirmou que ela estava cheia de água. De repente, se viu num dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas se despejasse na velha bomba enferrujada e ela não funcionasse, morreria de sede.
O que fazer: despejar a água na velha bomba e esperar vir a ter água fresca, fria; ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem? Hesitante, o homem despejou toda a água na bomba. Depois, agarrou a manivela e começou a bombear. A bomba começou a ranger e chiar sem fim. E nada aconteceu!
O viajante continuou. Então, surgiu um fiozinho de água, depois, um pequeno fluxo e, finalmente, a água jorrou com abundância.
Para alívio do homem, a bomba velha fez jorrar água fresca, cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela ansiosamente. Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante. Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu-a até o gargalo, pôs a rolha e acrescentou uma pequena nota: ‘Creia-me, funciona. Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta’.

REFLETINDO

A parábola nos ensina que às vezes precisamos dar aquilo que temos para receber mais. É preciso se esvaziar das coisas velhas para nos enchermos do novo, da água fresca. Precisamos nos libertar de certas situações para conquistarmos outras vitórias, para obtermos êxito. “E essa entrega só acontece sob a ordem da confiança”. (cf. ZANON, 2005, p. 68-71).

E, aqui, refiro-me não a uma confiança, uma fé, não em qualquer coisa, em qualquer pessoa, mas no próprio Deus.
(...)
Pe. Francisco Anchieta Cardoso de Muniz, MIC.

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