13/04/2020

Iracema, o mar e eu Por Laudecy Ferreira

Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 13 de abril de 2020
IRACEMA, O MAR E EU POR LAUDECY FERREIRA
Era manhã de 18 de março de 2020.
Amanheci o dia com uma vontade imensa 
de namorar o mar de Iracema 
e com ela conversar. 

Pus perfume,
vesti a roupa que você mais gostava.
Meus cabelos longos 
a brilhar no sol ardente, 
e a balançar no vento 
que só o mar de Iracema 
sabe proporcionar. 
Meus lábios aveludados 
com sede de beijar a areia daquele lugar.

Arrumei-me por completo,
como quem espera 
seu grande amor chegar.

Desci cantando, 
como fazia Iracema 
naquela beira mar,
que José de Alencar 
sabe muito bem falar. 

Mas, ao chegar na beira mar,
não encontrei Iracema,
nem tão pouco a areia para beijar. 

Sua areia natural foi engolida,
sua água também.
Sua beleza não pude contemplar,
pois naquele lugar, 
nem o mar e nem Iracema 
não podia se encontrar. 
O peixe chorava por não poder 
dialogar para falar do seu mar.
A água estava afogada na areia 
que lhe empurrava da garganta 
ao seu coração que não podia mais pulsar. 
Oh, que manhã triste!!!
Iracema tão distante,
sem poder me abraçar. 
E o mar a se afogar. 
Nunca mais Iracema 
pode se encontrar com sua paixão 
que ficou do lado de cá.  

Iracema, mar, são coisas desse lugar,
nunca queira duvidar 
que esses amores não podem se separar.

Autora - Laudecy Ferreira

6 comentários:

  1. Lindo e autêntico poema! linda homenagem à nossa bela cidade: Fortaleza!parabéns minha estimada amiga . Deus te abençoe cada vez mais....

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    Respostas
    1. Obrigada.

      Ainda engatinho nas letras e na criação de poemas, embora, sinto-me feliz em compartilhar aquilo que a minha alma sente

      Um grande abraço!

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  2. Belíssima poesia! Parabéns! Obrigada por compartilhar.

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